sábado, 23 de julho de 2011

Projeto Didático -- No caminho da reescrita

Colégio Municipal Eraldo Tinôco
Data: 06/04/2011
Série: 3ª/ 4º ano e 4ª/ 5º ano A
Professoras: Veraildes Conceição dos Santos e Evanilda Silva dos Santos
Coordenadora: Viviany Guedes Nascimento
Diretora: Maria Amália M. S. Almeida
Supervisora Geral: Edna Maria Vieira

Projeto Didático: Reescrita de Contos Clássicos
Empreendimento: Dramatização.
Propósito Comunicativo: Dramatizar um conto clássico na turma do 3º ano A.
Propósito Didático: Ler para aprender a produzir textos.

Rumo: Itaetê
2011
Colégio Municipal Eraldo Tinôco
Data: 06/04/2011
Série: 3ª/ 4º ano e 4ª/ 5º ano A
Professora: Veraildes Conceição dos Santos e Evanilda Silva dos Santos
Coordenadora: Viviany Guedes Nascimento
Diretora: Maria Amália M. S. Almeida
Supervisora Geral: Edna Maria Vieira


Projeto Didático: Reescrita de Contos Clássicos
Empreendimento: Dramatização.
Propósito Comunicativo: Dramatizar um conto clássico na turma do 3º ano A.
Propósito Didático: Ler para aprender a produzir textos.

JUSTIFICATIVA
Desde os primórdios, os homens se reuniam ao redor da fogueira para se esquentar, dialogar, relatar acontecimentos, ouvir e contar histórias. O hábito de ouvir e contá-las é uma atividade tão antiga quanto a própria humanidade, não sabendo precisar quando esse hábito “(...) se instituiu como prática social, porém pode-se afirmar que é bem antigo, de ordem universal, ocorrendo, portanto, em todas as civilizações...”
Todos os povos, em todas as épocas, cultivaram seus contos, cuidadosamente transmitidos oralmente de geração em geração. Estes contos atravessaram as fronteiras do tempo e do espaço, misturando realidade e fantasia, e nesse processo, sofreram todo tipo de modificação: fusões, acréscimos, cortes, substituições e influências, mas sempre expressando, nas suas linhas e entrelinhas, ensinamentos e valores atemporais.
Quem não conhece “João e Maria”, “Cinderela”, “Afrodite”, “Chapeuzinho vermelho”...? Certamente todos nós, um dia, já ouvimos a história dessas personagens. Elas vêm povoando a imaginação de crianças, jovens e adultos, há séculos...
Os contos, assim como as lendas, os mitos e as fábulas são tipos de narrativas originárias desde as mais antigas civilizações. Estes povos, através das histórias que contavam, passavam ensinamentos e preservavam sua cultura. Graças à tradição oral e mais tarde ao texto impresso, a arte de contar histórias foi passada de geração a geração,
constituindo até os dias de hoje, importantes fontes de informações para entendermos a história das civilizações. Dentro deste contexto é importante perceber o trabalho dos compiladores desse gênero literário que, até então, se mantinha no ideário popular, como: Homero com sua Odisséia (poeta grego – séc. VIII a.C; Charles Perrault (França – séc. XVIII); os irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm – Alemanha - séc. XVIII) e
tantos outros, pois, esses escritos, além de preservar a memória histórica de um povo, emocionam, por lidar com o imaginário, divertem, criam suspense, mostram verdades e revelam sentimentos e valores de uma época.
             Em cada país, surgiram novas modalidades de contos, regidos de acordo com a época e os movimentos artísticos que este momento histórico-cultural provocou e adquiriram forma literária e estética. Assim, lêem-se hoje, contos de amor, de humor, contos fantásticos, de mistério e terror, contos realistas, psicológicos, sombrios, todos com estilos próprios daqueles que os escreveram.


OBJETIVOS:
ü  Conhecer e apreciar a linguagem literária dos contos, estabelecendo um vínculo prazeroso com a leitura.

ü  Ampliar o repertório do gênero.
ü  Reconhecer os autores e obras consagradas no gênero.

ü  Ter procedimento de ouvir contos.


ü  Reconhecer os títulos dos contos lidos, aproximando-se do conteúdo semântico e estabelecendo coerência na escolha do título.

ü  Estabelecer comparação entre conto e fábula / conto e lenda.


ü  Reconhecer elementos no texto que determinam a época que a narrativa ocorre.

ü  Aproximar-se da estrutura elementar dos contos tradicionais, através dos marcadores temporais e das relações de casualidade que marcam a ambientação, o desenvolvimento da trama e a resolução.

ü  Organizar a seqüência narrativa do texto, utilizando as marcas típicas do gênero como apoio e apropriando-se do uso literário da linguagem do conto, utilizando estratégias de coesão: pronominalização, substituição lexical e especialmente os conectivos.

ü  Produzir textos escritos respeitando o gênero, adequados aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação com ajuda do professor e dos colegas;


ü  Reescrever e/ou produzir textos de autoria em parceria com os colegas e individualmente utilizando procedimentos de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o produtor e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática quanto para melhorar outros aspectos – discursivos ou notacionais do texto;

ü  Revisar textos (próprios ou de outros) em parceria com os colegas ou coletivamente, assumindo do ponto de vista do leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por recursos da pontuação); evitar ambiguidades, articular partes do texto, garantir a concordância verbal e nominal;


ü  Revisar textos próprios (próprios e de outros) coletivamente, com ajuda do professor ou em parceria com os colegas do ponto de vista ortográfico considerando as regularidades aprendidas e a ortografia convencional de palavras  de uso freqüente, uso de maiúscula e a partir da distinção entre nomes próprios, comuns e no início da oração;


CONTEÚDOS:
Ø Leitura, pronominalização, substituição lexical, conectivos, ortografia, pontuação, adjetivação, paragrafação, segmentação, planejamento, reescrita e revisão textual. 



Contos selecionados para o desenvolvimento do projeto:
1.    A Pequena Polegar
2.    Os Músicos de Bremen
3.    O ganso de ouro
4.    A guardadora de gansos
5.    A Bela e a Fera
6.    João Preguiça

Recursos:
Diversos (Slide, papel metro, piloto, livros de contos clássicos, sulfite, etc.

Cronograma de execução:
Será realizado em aulas 23 aulas.
Sequência de aulas
1ª Aula:___/___/______ Apresentação do Projeto de Reescrita de Contos Clássicos, deixando claro para o grupo o que estaremos estudando, qual o propósito comunicativo, tempo de duração, produto final, levantando os conhecimentos prévios a respeito dos contos clássicos que já ouviram, leram, que mais gostam etc.
            Seguir com a leitura pela professora de um conto clássico no slide. Breve discussão a cerca do conto lido.
            Distribuir o texto “O que é narrar” e juntos destacar elementos de uma narrativa.
2ª Aula: ___/___/______Apresentar o primeiro conto “A Pequena Polegar”, fatiado para em duplas organizarem a sequência da história mantendo o encadeamento dos fatos, sua sequência cronológica e destacando as falas.
3ª Aula: ___/___/______Inicialmente distribuir um texto (A Pequena Polegar) para o grupo e coletivamente destacar os elementos dentro da narrativa. Modelo do quadro para análise no final do projeto.
4ª Aula: ___/___/______ Planejamento para a primeira reescrita – coletivamente organizar a sequência narrativa da história chamando a atenção para a coerência do texto. “Para esta atividade o professor deverá atentar para o texto que se encontra no final do projeto, ressaltando que toda narrativa obedece a um esquema de constituição, de organização, que, salvo algumas alterações, compreende as partes presentes no texto em questão, que apoiará no planejamento coletivo”.
5ª Aula: ___/___/______Distribuir para as crianças dois trechos de histórias diferentes para comparar e levantar problemas que precisam ser resolvidos como adentramento de parágrafos, segmentação e pontuação final.
6ª Aula: ___/___/______Reescrita do conto (A Pequena Polegar) em dupla, tendo como apoio o planejamento do texto;
7ª Aula: ___/___/______Revisão da reescrita de uma dupla, reescrita esta que deve ser escolhida pela professora, pensando no foco de ensino.
8ª Aula: ___/___/______Apresentar um novo conto (Os músicos de Bremen), fazendo a leitura compartilhada, onde os marcadores temporais estarão grifados em todo o texto:
®    O que as palavras sublinhadas no texto representam?
®    Vocês sabem qual a função de marcadores temporais dentro de um texto?
®    Através dos marcadores temporais é possível definir o tempo em que acontecem os fatos?
Analisar o sentido em que os marcadores foram empregados, retomando o texto. (simultaneidade, continuidade, temporalidade.
Listar  os marcadores de acordo com as suas funções;
Leitura (em grupos) de texto para seleção dos marcadores temporais.
Socializar a lista dos grupos verificando quais marcadores estão pertinentes à função exercida no texto acrescentando à lista.
 9ª Aula: ___/___/______História (O ganso de ouro) lacunado para preencher com marcadores temporais.
10ª Aula: ___/___/______Planejamento do segundo conto a ser reescrito “O ganso de ouro” individual.
11ª Aula: ___/___/______Reescrita do segundo conto “O ganso de ouro” em duplas.
12ª Aula: ___/___/______Revisão do texto de uma dupla – FOCO – marcadores temporais.
            Disponibilizar para o grupo cópias da reescrita a ser revisada, para realização da leitura coletiva, com a ficha da revisão;
®    Os marcadores foram bem empregados?
®    Em que outros lugares do texto é necessário usar marcadores temporais?
®    Quais são os mais adequados?
13ª Aula: ___/___/______Apresentação de mais dois contos “A guardadora de gansos e A bela e a fera”. Realização da leitura de ambos os contos, posteriormente brincar o jogo da roleta, usando os contos.
14ª Aula: ___/___/______Releitura dos contos “A guardadora de gansos e A bela e a fera, seguindo de um quadro comparativo dos contos, que funcionará como planejamento textual.
15ª Aula: ___/___/______Dividir a classe em dois grupos, cada grupo estará dividido em duplas. As duplas do lado A usarão o quadro comparativo para reescreverem o conto “A guardadora de gansos” e as duplas do lado B também estarão com o quadro comparativo  em mãos, porém reescreverão o conto “A bela e a fera”.
16ª Aula: ___/___/______Dividir a classe em dois grupos e cada grupo irá revisar o texto de uma dupla escolhida pela professora, sendo que o foco da revisão do primeiro grupo será paragrafação e do segundo pontuação.
Para ajudar na revisão cada componente do grupo terá em mãos a cópia da reescrita que será revisada, como também o roteiro de revisão ou devolutivas escritas feito pela professora.
17ª Aula: ___/___/______Apresentação do último conto a ser trabalhado (João preguiça).
Leitura do mesmo fazendo uso do data show.
Entregar o texto lacunado com banco de dados para que as crianças completem com os conectivos.
®    O texto tem sentido com essas palavras?
Seguir com outros questionamentos.
18ª Aula: ___/___/______Analisar e listar os elementos utilizados na escrita de um texto que servem para articular os enunciados, para isto, oferecer um texto sem a presença desses elementos para que percebam a ausência dentro da produção e depois apresentar o mesmo texto com os elementos usados pelo autor e organizar uma lista.
19ª Aula: ___/___/______organizados em grupos, entregar diferentes contos para destacar os organizadores textuais acrescentando à lista feita na aula anterior e depois distribuir um trecho de um texto com lacunas para preencher os espaços com os conectivos.
20ª Aula: ___/___/______Planejamento do último conto (João preguiça) a ser reescrito pelos alunos.
21ª Aula: ___/___/______Reescrita individual do conto (João preguiça), tendo como apoio o planejamento anterior.
22ª Aula: ___/___/______Revisão individual do conto reescrito por um aluno (escolhido pela pró). FOCO – conectivos.
Preparando para o empreendimento
®    Escolha do conto clássico para a dramatização juntamente com os alunos.
®    Escolha dos participantes.
®    Ensaios.
®    Apresentação.





Avaliação

            A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do planejamento de intervenções posteriores.
Textos e fichas:

1.        O que é narrar?
2.        Roteiro de acontecimentos (planejamento textual).
3.        (ficha) Análise do conto “A Pequena Polegar”.

4.        (ficha) Analisando aspectos lingüísticos dos contos clássicos.

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O que é narrar?
     Narrar é contar uma história ou seja , é um relato organizado de acontecimentos reais ou imagináveis .Deve-se destacar o movimento dos fatos, mantendo aceso o interesse do leitor, expor os acontecimentos com rapidez, relatando-se apenas o que é significativo.
     Essa história deve envolver personagens, que interagem entre si gerando acontecimentos, que ocorrem em um determinado lugar e em uma determinada época.
     A narração envolve:
·         quem? Personagens;
·         quê? Atos, enredo;
·         quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
·         onde? O lugar da ocorrência;
·         como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
·         por quê? A causa dos acontecimentos.
a) o fato: o quê? que deve ter seqüência ordenada; a sucessão de tais seqüências recebe o nome de enredo, trama ou ação;
b) a personagem; quem?
c) o ambiente: onde? o lugar onde ocorreu o fato;
d) o momento: quando?  o tempo da ação .
     Em qualquer narrativa estarão sempre presentes o fato e a personagem, sem os quais não há narração.
     Na composição narrativa, o enredo gira em torno de um fato acontecido. Toda história tem um cenário onde se desenvolve. Desta forma, ao enfocarmos a trama, o enredo, teremos, obrigatoriamente, de fazer descrições para caracterizar tal cenário. Assim, acrescentamos: narração também envolve descrição.
    A narração na 1ª pessoa ocorre quando o fato é contado por um participante, isto é; alguém que se envolva nos acontecimentos ao mesmo tempo em que conta o caso.
    A narração na 1ª pessoa torna o texto muito comunicativo porque o próprio narrador conta o fato e assim o texto ganha o tom de conversa amiga.Além disso, esse tipo de narração é muito comum na conversa diária, quando o sujeito conta um fato do qual ele também é participante.
Narração na 3ª Pessoa
    O narrador conta a ação do ponto de vista de quem vê o fato acontecer na sua frente. Entretanto o contador do caso não participa da ação. Observar: "Era uma vez um boiadeiro lá no sertão, que tinha cara de bobo e fumaças de esperto. Um dia veio a Curitiba gastar os cobres de uma boiada".
    Você percebeu que os verbos estão na 3ª pessoa (era, veio) e que o narrador conta o caso sem dele participar. O narrador sabe de tudo o que acontece na estória e por isso recebe o nome de narrado onisciente. Observe: "No hotel pediu um quarto, onde se fechou para contar o dinheiro.Só encontrou aquela nota de cem reais. O resto era papel e jornal..."
    Você percebeu que o boiadeiro está só, fechado no quarto. Mas o narrador é onisciente e conto o que a personagem está fazendo.
Roteiro de acontecimentos (planejamento textual)

Roteiro de acontecimentos que pode servir de exemplo para a 4ª aula, com o conto que será trabalhado “A Pequeno Polegar”.
 
Acontecimentos do conto Clássico; Os Setes Corvos.

Introdução ou apresentação:
Equilíbrio-ordem existente

ü  O homem que tinha sete filhos, todos meninos
ü  O desejo de ter uma filha
ü  Anuncio de gravidez pela esposa – filha nasce
ü  Preocupação com a menina ( elementos descritivos)
ü  Necessidade de batizá-la com urgência.
ü  Ordem do pai para que um dos filhos ligeiramente buscasse água na fonte para o batismo – os seis irmãos o acompanharam.

Desenvolvimento e complicações:

Quebra do equilíbrio-ordem perturbada
ü  A disputa dos irmãos para encher o cântaro primeiro
ü  Cântaro cai na água e desaparece – os meninos não sabem o que fazer – demoram em retornar.
ü  Pai impaciente em casa com raiva deseja que os filhos se transformem em corvos
ü  Desejo concedido
ü  Tentativa de anular a maldição, mas sem sucesso
ü  O tempo passa – menina cresce com saúde
ü  Descoberta da menina sobre o acontecimento com os irmãos e motivo
ü  Aflição e culpa da menina
ü  Decide fugir para encontrá-los
ü  O que ela leva consigo na viagem e com que objetivo
ü  Quem encontra no percurso para obter informações e qual foi a dica oferecida carinhosamente
ü  Chegada ao local indicado – como conseguiu entrar – quem a recepcionou
ü  Ação da menina – anel cai no último copo

Clímax – momento crítico:

ü  Chegada dos sete corvos
ü  Percepção de que alguém bebeu em seus copos e comeu em seus pratos – alguém humano
ü  O anel é encontrado pelo sétimo corvo – reconhecem o anel
ü  Deseja que a irmãzinha estivesse presente no local pára serem salvos

Desfecho ou desenlace:

Resolução do conflito – ordem estabelecida
ü  Menina ao encontro dos corvos
ü  Recuperaram a forma humana
ü  Felizes voltaram para casa.

Analisando aspectos lingüísticos dos contos clássicos
Retome alguns contos lidos até o momento e analise a partir do seguinte quadro:

Estudo dos contos – aprofundamento

CONTO

De que maneira o conto começa?
Que informações apresenta o primeiro parágrafo?
Com quais expressões inicia?

De que maneira o ensinamento do conto é apresentado no texto? Explique.

De que forma as falas de personagens são introduzidas nos textos?


A Pequena Polegar





Os músicos de Bremen





O ganso de ouro






Análise do conto “A Pequena Polegar”

Onde a história acontece?

Quem são os personagens?










Como é o lugar?
O que elas fazem? Como elas são?










Qual o problema da história?

Como ele é resolvido?








Que palavras ou expressões o narrador usa para indicar a passagem do tempo?
Que palavras ou expressões o autor utilizou para descrever os ambientes?